A editora Record e o escritor Felipe Pena (organizador da coletânea) tem o prazer de apresentar o Geração Subzero.
O livro será lançado dia 11 de julho, na Fundação Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro,
com a presença do presidente Galeno Amorim, dos autores do livro e dos
meninos da ONG “Ler é dez, leia favela” do Complexo de favelas do
Alemão. Por decisão dos autores envolvidos no projeto, a ONG receberá os
direitos autorias desse livro.
Organizado pelo escritor Felipe Pena (O Verso do Cartão de Embarque, O Marido Perfeito
Mora ao Lado, entre outros), a coletânea mostra um clima pop,
descontraído e mágico, abordando diversos assuntos pela visão de
escritores adorados pelos leitores brasileiros.
Os autores do Geração Subzero:
Thalita Rebouças, André Vianco, Eduardo Spohr, Raphael Draccon,
Carolina Munhóz, Ana Cristina Rodrigues, Juva Batella, Estevão Ribeiro,
Pedro Drummond, Luiz Bras, Luis Eduardo Matta, Eric Novello, Sérgio
Pereira Couto, Delfin, Julio Rocha, Helena Gomes, Vera Carvalho
Assumpção, Martha Argel, Janda Montenegro e Cirilo S. Lemos.
Sobre o evento do dia 17/07 em São Paulo:
19:00 – Sessão de autógrafos com alguns dos participantes da coletânea
Felipe Pena – Autor de diversos livros como “O
Marido Perfeito Mora ao Lado” e “O Verso do Cartão de Embarque”, ambos
da editora Record. É jornalista, psicólogo e professor da Universidade
Federal Fluminense. Doutor em Literatura pela PUC e Pós-Doutor pela
Sorbonne. www.felipepena.com / @felipepena
Thalita Recouças – Autora de 13 livros, sendo 7
publicados em Portugal, já vendeu mais de 1 milhão de exemplares no
Brasil. Conhecida principalmente pela sua série “Fala Sério” (Editora
Rocco) é amada pelo público adolescente. Também jornalista, Thalita
lançou a campanha “Ler é Bacana”, que hoje ilustra uma coleção de
artigos nas lojas Fitá. www.thalita.com / @thalitarebouças
André Vianco – Escritor de 16 livros, na maioria abordando personagens
vampíricos, André foi o precursor da literatura fantástica no Brasil.
Também é roteirista e recentemente presenteou seus fãs com o episódio
piloto de sua série “O Turno da Noite” (Editora Novo Século).
www.blogdovianco.com / @andrevianco
Eduardo Spohr – Escritor do fenômeno
literário “A Batalha do Apocalipse” e “Filhos do Éden”, ambos da editora
Verus/Record. É também jornalista, blogueiro e participante do
NerdCast, o podcast do site Jovem
Nerd. Foi eleito um dos 100 brasileiros mais influentes de 2011 pela
revista Época. www.filosofianerd.blogspott.com.br / @eduardospohr
Raphael Draccon - Autor da trilogia “Dragões de
Éter” (Editora Leya) e coordenador do selo editorial “Fantasy – Casa da
Palavra”. Draccon também é roteirista e ganhou um prêmio de mérito em
Hollywood pela American Screenwriter Association. Já teve dois de seus
livros publicados em Portugal. www.raphaeldraccon.com / @raphaeldraccon
Carolina Munhóz – Autora do livro “A Fada” (Editora
Novo Século) e “O Inverno das Fadas” (Fantasy – Casa da Palavra), foi
eleita melhor escritora jovem em 2011 pelo Prêmio Jovem Brasileiro. É
também jornalista e foi comparada as escritora Cassandra Clare e
Alexandra Adornetto pela Revista Época. www.carolinamunhoz.com /
@carolinamunhoz
Orelha feita por Felipe Pena:
As coletâneas costumam ser pretensiosas e elitistas. A revista
Granta, por exemplo, teve a pretensão de apresentar os vinte melhores
autores brasileiros com menos de quarenta anos. Mas que critérios
definem os melhores? E quem define esses critérios? Figurinhas
carimbadas pela “mídia especializada” e referendadas pelas panelas
literárias levam vantagem nessa escolha?
Talvez a atitude mais honesta seja assumir que a escolha é pessoal,
como fez o crítico Nelson de Oliveira, organizador do livro Geração 00,
que, ainda assim, manteve o caminho da pretensão, ao tentar reunir os
melhores autores de uma década.
Esses autores não estão preocupados com os leitores, mas apenas com a
satisfação da vaidade intelectual, baseando suas narrativas em jogos de
linguagem que têm como objetivo demonstrar uma suposta genialidade. É
estranho que boa parte deles manifeste preocupações sociais e tendências
políticas progressistas em suas entrevistas, enquanto suas práticas
profissionais os levam a uma torre de marfim representada por feiras e
festivais que os mitificam como ícones da literatura para aqueles que
também se enxergam como elite.
Felizmente, há uma massa de leitores no país que ignora essa
tentativa de forjar novos cânones para a literatura. É um público que se
preocupa apenas com o prazer da leitura, com a relação afetiva com o
livro, com as reflexões que uma história bem contada pode provocar e com
a socialização dessas histórias e dessas reflexões. Sim, a
socialização, pois aquele que tem prazer na leitura sempre recomenda o
livro ao amigo mais próximo.
É para esse leitor que a coletânea Geração Subzero foi organizada.
Aqui estão vinte autores congelados pela “crítica especializada”, mas
adorados pelo público. Este livro não é uma antologia. Os contos e
autores não têm a pretensão de figurar entre os melhores de sua geração
ou estilo. Tampouco foram escolhidos exclusivamente pelo organizador da
obra, que apenas observou os nomes comentados em redes sociais, blogs,
salas de aula e grupos de discussão cujo objeto era simplesmente o
prazer da leitura, além de ouvir os signatários do Manifesto Silvestre,
um documento que defende o entretenimento como conceito de valor na
literatura.
Todos os autores aqui reunidos cederam seus direitos autorais para a
ONG “Ler é dez, leia favela”, que forma leitores no Complexo de favelas
do Alemão, no Rio de Janeiro. Como Silvestre da Silva, personagem de
Camilo Castelo Branco no livro Coração, cabeça e estômago, os escritores
da Geração Subzero colocam a cara na vidraça e esperam pelas pedras e
flores. Mais pedras do que flores. Os trocadilhos vão causar indigestão e
os intelectualismos, cefaleia. Mas o coração não será atingido.