(Vampire Journals, 1997, EUA)
Ted Nicolaou teve muita sorte em fazer este filme pouco antes de uma crise financeira abalar a Full Moon. A partir de 98, mais e mais filmes de baixíssimo orçamento e qualidade feitos nas coxas acabaram ainda mais com a credibilidade que o pequeno estúdio tinha com os fãs do cinema de terror. Basta lembrarmos das lamentáveis continuações que a série PUPPET MASTER teve, eles poderiam ter parado muito bem no terceiro.
Nicolaou é mais lembrado pela série SUBSPECIES e por VISÃO DO TERROR, todos com constantes reprises no saudoso Cine Trash. Em DIÁRIO DE UM VAMPIRO, ele novamente filma na Romênia, um país cujas belas locações já garantem uma boa dose da atmosfera aos filmes feitos lá. Na trama, Zachary (David Gunn) é um caçador de vampiros que também é um, ou seja, um verdadeiro Highlander da espécie. A voz do personagem conduz o espectador pelo filme que conta a história de sua perseguição ao poderoso vampiro Ash (Jonathon Morris, teatral demais) e o seu fascínio por Sofia (Kirsten Cerre), uma jovem pianista que também chama a atenção do rival.
O roteiro do próprio Nicolaou é realmente bom e ele ainda dribla as limitações do baixo orçamento com competência. Mas a produção peca pelo elenco, composto por atores bem fracos. O que temos então são atuações pouco convincentes em um filme que tinha tudo para ser melhor conhecido. Mesmo assim, DIÁRIO DE UM VAMPIRO tem seu lugar entre as pérolas da Full Moon. A beleza gótica da produção - aliada a momentos inspirados do diretor e do cinematógrafo Adolfo Bartoli - é tamanha que ele não parece ser um filme B.
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